Pais das Maravilhas, aqui vou eu
Sem freios, amarras ou medidas
A mesma nau frágil, mas sem esquivas dessa vez
Não me permiti ser e me apeguei a dor, trevas!
Sombras e coisas que vi ou inventei pulverizadas
E a alma que já sangrou em delírios suicidas, avoa por esquinas, pontes e avenidas
Em caminhos de terra pisada eu andei
Os trilhos dormentes avistei
As estradas e caminhos certos evitei
O vinho que me trouxe, vinho espanta o frio e entre goles fartos, acho graça do cara que um dia fui
E agora embriagado sigo solto
Achando graça dos que apontam rindo:
Lá vai o cara do limão!
O Cara do limão, não é?
Existe diferença? Faz algum sentido?
Se eu tiver que explicar você não vai entender
Então, fazemos assim, curta meu sorriso se é tudo que consegue perceber, enquanto ela serve mais uma taça e eu sigo com os limões